(Notícia actualizada às 13h)

«Arremprar» é a mais recente novidade da Alta de Lisboa. A promotora vai lançar 195 apartamentos no mercado de arrendamento, mas com a opção de compra. Caso os proprietários optem por isso, até 40% do valor das rendas serão utilizados para abater no preço final, revela o director operacional, Graciano Garcia à Agência Financeira.

Esta é a resposta encontrada pela promotora para contornar a crise, que tem vindo a atingir o sector imobiliário e à crescente procura do arrendamento. «Este produto é resultado da dificuldade que se verifica no mercado em relação à obtenção de crédito, à revenda da casa usada e à instabilidade do emprego», salienta.

As rendas variam consoante a tipologia do apartamento (vão do T1 ao T5), mas o responsável diz que os valores variam entre os 500 e os 1.900 euros.

Graciano Garcia admite, no entanto, «que se arrenda por condição e não por vontade». Aliás, de acordo com o mesmo, os portugueses continuam a dar preferência à compra de casa, pois continuam a vê-la «como um investimento e como uma garantia para o futuro».

De acordo com o responsável as vantagens deste produto não ficam por aqui: a opção de compra não é específica ao apartamento arrendado. Por exemplo, é possível arrendar um T1 e depois comprar um T3. Também é possível ceder a posição contratual.

Graciano Garcia está à espera de boa receptividade, uma vez que, «esta oferta destina-se ao segmento médio, onde há uma grande procura do arrendamento».

Modalidade aplica-se às lojas

Este conceito também se aplica às lojas e, o director comercial da Alta de Lisboa, acredita que o comércio se irá adaptar melhor a esta modalidade. «Os comerciantes tentam testar o seu negócio naquele local específico e isso é possível com o Arremprar».

Recorde-se que, a Alta de Lisboa é um projecto habitacional que vai contar com o apoio de várias infra-estruturas, como centros comerciais, hotéis, escolas e recintos desportivos. O projecto foi pensado para albergar 60 mil residentes num espaço de 300 hectares a norte da cidade.

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Fonte: Agência Financeira