As rendas em Lisboa e Porto mantiveram-se estáveis no quarto trimestre de 2011, face ao registado no trimestre anterior,com exceção dos centros comerciais, cujo valor subiu 25 pontos base, fixando-se nos 7,5 por cento, de acordo com um estudoda consultora CBRE.

Uma tendência que se deve manter para 2012, sendo esperado que se mantenha «o fraco dinamismoa nível de transações, quer de investimento quer de arrendamento».

A consultora estima igualmente que «a tendênciade agravamento das rendas e yields prime estabilize, pelo que no primeiro trimestre deste ano os dois indicadores deverãomanter os valores na maioria dos setores e zonas e deverá permanecer o desfasamento crescente entre o produto prime e o produtosecundário».

Numa análise geral aos países europeus, verifica-se a tendência para a estabilidade das yields primeao longo de vários trimestres de 2011, registando acréscimos máximos de apenas 10 pontos base em qualquer dos setores imobiliários,embora as rendas nos setores industrial e de escritórios tenham subido menos de 1 por cento durante este período.

Ossetores industrial e de escritórios europeus registaram, por seu turno, uma ligeira subida das yields prime duranteo quarto trimestre do ano passado, após pequenos decréscimos verificados nos trimestres anteriores, destaca a consultora.

«Estas subidas, extremamente reduzidas, situando-se entre dois e quatro pontos base, refletem o impacto de um agravamentodo panorama económico no curto prazo quer no valor dos imóveis quer na confiança dos investidores», lê-se no estudo citadopela Lusa.

Contudo, o caráter indicativo desta mudança é realçado, de acordo com a CBRE, pelo facto de as taxas dejuro terem registado subidas apenas em 17 dos 145 mercados, concentrando-se essencialmente nos principais mercados da EuropaOcidental, incluindo a Bélgica e a Holanda, bem como em algumas cidades do Reino Unido.

O estudo da CBRE baseia-sena monitorização trimestral dos mercados prime em 15 países da União Europeia, incluindo 53 mercados de escritórios, 49 mercadosde retalho e 44 mercados industriais.



Fonte: Agência Financeira