Casas para arrendar: mais oferta que procura
A Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) alertou esta quarta-feira que omercado do arrendamento está desequilibrado, salientando que onde há oferta de casas para arrendar e não há procura.
Numanota, a APEMIP afirma que, «em nome do rigor, é preciso contrariar o injustificado optimismo daqueles que falam na existênciade mais de cem mil fogos na oferta imobiliária para o mercado residencial de arrendamento urbano», porque «há oferta ondenão há procura e procura onde não há oferta».
A associação exemplifica que os mais de cem mil fogos apontados «contabilizamtoda a oferta» dos distritos de Bragança ou de Portalegre, «onde a procura é tão escassa que não chega a poder contabilizar-sepercentualmente».
«Como as casas não podem deslocalizar-se para onde a procura pressiona mais, seria necessário invertera tendência das movimentações demográficas em Portugal, que continua a ser do interior para o litoral, ou seja, das regiõesonde há oferta, mas não há procura, para as regiões onde há procura, mas não há oferta», salienta a APEMIP.
Assim,segundo a APEMIP, a realidade do mercado, com base nos Censos de 2011, é a de que os números da oferta do arrendamento residencialé superior - e em alguns casos muito superior - à procura em dezassete dos vinte distritos e regiões autónomas do país.
«Sónos distritos de Aveiro, de Lisboa e do Porto é que se verifica o contrário», refere, destacando que os dados reais domercado têm de ser tidos em conta para a criação com sucesso de uma verdadeira bolsa nacional de arrendamento residencial.
Fonte: Agência Financeira