O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, anunciou este domingo medidas suplementares de austeridade para 2011avaliadas em «dois mil milhões de euros», para contrariar a contínua derrapagem das contas públicas.
Em reacção,a Comissão Europeia já veio dizer que vai enviar nos próximos dias uma equipa de especialistas a Atenas para concluir um
acordo sobre o eventual pagamento de uma nova tranche de empréstimos até final de Setembro.
Noâmbito das exigências emitidas pelos credores internacionais, em particular a União Europeia e o FMI, e com o objectivo decumprir os compromissos «é necessário garantir mais dois milhões de euros em 2011» e a «única medida eficaz consiste num impostoespecial sobre a propriedade imobiliária», anunciou o ministro em declarações em directo na televisão.
O ministroconsiderou indispensável este «novo esforço nacional» face à «nefasta atmosfera» para a Grécia no exterior, onde regressaramos rumores sobre os riscos de uma interrupção dos financiamentos, ou inclusive a hipótese da saída de Atenas da Zona Euro.
Nos últimos dias, várias vozes da Alemanha , da União Europeia e até do FMI garantiram - já depois de estaremsuspensas as negociações entre Atenas e a troika sobre a próxima parcela do actual resgate - que a próxima ajuda a Atenasnão está certa e que o Executivo daquele país tem de cumprir as metas orçamentais acordadas.
Também a chanceler alemã,AngelaMerkel, disse em entrevista ao jornal alemão «Der Tagesspiegel» que pediu ao Governo grego que não desista doseu esforço reformista, reiterando que as ajudas europeias só irão para a frente se Atenas cumprir com as condições impostaspara o resgate.
Merkel pediu ainda paciência para com a Grécia, alegando que os problemas criados durante anos nãose podem resolver de repente.
Já o primeiro-ministro grego, Georges Papandreou , garantiu que a Grécia vai cumprir sem qualquer desvio os compromissosassumidos com os credores internacionais para não colocar o país «em perigo».
Fonte: Agência Financeira