Mais de 3 mil casas foram entregues aos bancos durante o primeiro semestre deste ano. Os imóveis provêem não só de famílias
que já não são capazes de suportar a respectiva prestação de crédito à habitação, mas também de promotores imobiliários que,
tendo recorrido ao crédito para a construção e não conseguindo escoar os imóveis, optam por entrega-los à banca.
De
acordo com dados do Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP),
no período em análise foram 3.060 os imóveis entregues em dação em pagamento. Só em Junho, acrescenta a associação, foram
cerca de 600, um dos meses mais negativos desde o início do ano.
Este continua «a ser um fenómeno transversal ao
território nacional, mas naturalmente concentrado nas áreas metropolitanas e grandes centros urbanos», explica a APEMIP.
De
acordo com as estimativas da associação, ao longo dos seis primeiros meses de 2011 foram transaccionados cerca de 98.000 imóveis
(urbanos, rústicos e mistos), sendo que Junho último se situou entre os 15.200 e os 15.800 negócios concretizados. Os valores
representam uma contracção mensal de 11% face a Maio, o segundo pior resultado obtido este ano (7,7% acima do mínimo registado
em Abril) e um dos piores resultados dos últimos 20 anos.
É ainda possível verificar que as Áreas Metropolitanas
de Lisboa e Porto concentram cerca de 33,4% das transacções registadas em Portugal este ano (33,4% só em Junho), sendo que
dos 10 municípios mais relevantes em termos nacionais (que representam no seu conjunto mais de 20,9% das transacções concretizadas
desde o início do ano e 21,6% das concretizadas em Junho), apenas 3 (Braga, Coimbra e Leiria) não pertencem a estas duas unidades
territoriais. A Área Metropolitana de Lisboa representa 21% das transacções imobiliárias registadas em termos nacionais sendo
que a do Porto não foi além dos 12,5% ao longo dos últimos seis meses.
O estudo da APEMIP tem por base o seu portal
imobiliário (www.casaYES.pt), mas apoia-se «em várias fontes de informação (de entidades públicas e privadas) que, cruzadas,
permitem a construção de índices fidedignos que reflectem as actuais tendências imobiliárias».
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