O Banco de Espanha faz algumas recomendações no seu relatório anual de 2010, publicado esta quarta-feira. Aumentar os impostos
e cortar os subsídios de desemprego são algumas das sugestões.
Citada pela imprensa espanhola, a instituição deixa
ainda críticas aos aumentos salariais acordados no início de 2011 que, a verificarem-se e a consolidarem-se, põem em causa
a melhoria da competitividade necessária para a recuperação da economia e do emprego.
Por isso, o Banco de Espanha
considera que existe espaço para cortar ainda mais os salários da função pública dadas as diferenças existentes entre a remuneração
dos trabalhadores privados e os do Estado. No ano passado, os salários foram reduzidos em 5%.
O banco central recomenda
também cortes nos gastos públicos, recomendando um crivo mais apertado nas comunidades autónomas e nos ajuntamentos.
No
que se refere aos subsídios de desemprego, recomenda uma redução dos montantes, já que esta prestação tem «um efeito negativo»:
alargam a duração do desemprego. Ou seja, enquanto estão a receber a prestação, as pessoas não voltam tão facilmente a trabalhar.
Nos
impostos, a instituição considera existir margem para aumentar o IVA, que continua abaixo da média dos países da OCDE. A taxa
geral deste imposto aumentou 2 pontos percentuais no ano passado para 18%.
No que se refere ao mercado habitacional,
o Banco de Espanha prevê uma queda de mais 25% nos preços no ano que vem.
No plano económico, o Banco de Espanha
alerta que a retoma será lenta e comporta algumas incertezas.
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