Desemprego, austeridade, subida dos juros. São estes os principais elementos da equação crise e endividamento. Só este
ano, mais de mil pessoas já pediram insolvência, mas antes deste passo, a maioria pede aconselhamento jurídico à DECO.
Natália
Nunes, da associação de defesa do consumidor, recebe pedidos de ajuda todos os dias, por e-mail, por correio ou pessoalmente.
Em média, são cerca de 20 por dia.
Os orçamentos familiares são cada vez mais reduzidos. Sobem os juros, sobem as
taxas Euribor, sobem os números do desemprego. São muitas gotas de água, num copo prestes a transbordar. E, quando o copo
transborda, a solução pode ser a insolvência. Um processo judicial complicado de executar e que exige esforços.
Entre
1 de Janeiro e 18 de Março, 1.116 pessoas já o fizeram. É quase o triplo do que em igual período do ano passado.
Quando
as prestações em atraso se acumulam, as penhoras são certas. Estão a aumentar e, no topo das execuções, estão os automóveis.
Os solicitadores chegam a executar uma centena de automóveis por dia. Mais 15% do que em período igual no ano passado.
Mas a crise vai continuar a apertar as famílias com dívidas: 10% é a estimativa do aumento das penhoras ainda em 2011,
e as penhoras podem chegar aos bens essenciais.
O diagnóstico já é um lugar comum: facilitismo ao consumo, e a ingenuidade
financeira de muitas famílias.
Casas, salários e até contas bancárias: quando todos estes bens puderem ser penhorados
por via electrónica, como já são os automóveis, os números das execuções vão disparar.
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