A venda de casas em Portugal deve ter registado uma queda de 7 ou 8% este ano, de acordo com a estimativa fornecida pelo
presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) à Lusa.
Luís Lima
afirmou que, nos primeiros seis meses do ano, «transaccionaram-se mais imóveis e de valor superior que no ano anterior, mas
no segundo semestre, principalmente a partir de Setembro, houve um arrefecimento que vai fazer com que o valor anual seja
de menos 7 a 8% que em 2009». Mas avisa que estas são estimativas e que «só nos próximos dias haverá números finais».
Estes
dados provisórios de queda significam que se terão vendido em Portugal cerca de 139.500 casas, este ano. Ainda assim, trata-se
de uma quebra inferior à do ano anterior, em que se venderam 150.000 imóveis, uma redução de 12% em relação a 2008.
Para
o presidente da APEMIP, a queda do mercado imobiliário em 2010 deve-se sobretudo à incerteza em relação ao futuro e às restrições
no acesso ao crédito para a aquisição de casa própria. «As pessoas têm incerteza quanto ao futuro e não decidem, e compreendo
porque não decidem. Há uma falta de confiança muito grande no mercado», diz Luís Lima.
A esperança de Luís Lima
para 2011 assenta agora na anunciada intenção do Governo de promover a reabilitação urbana e dinamizar o mercado de arrendamento.
«Vejo alguma luz ao fundo do túnel. Parece que, pela primeira vez, o Governo pretende resolver o problema do despejo do arrendatário
e isso vai dar confiança ao proprietário e com a dificuldade de acesso ao crédito, as pessoas optam cada vez mais pelo mercado
de arrendamento», defende o presidente da APEMIP.
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