O Bloco de Esquerda vai propor um plano de investimentos públicos em requalificação urbana, no valor de 500 milhões de
euros por ano, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2011.
A proposta, um compromisso
eleitoral do BE nas legislativas de 2009, prevê investimentos públicos de 500 milhões de euros em cada ano, para a recuperação
de 200 mil casas devolutas, com o objectivo de aumentar os arrendamentos.
«Isso garante o emprego a 60 mil pessoas,
reanima a economia, aumenta os pagamentos em impostos e a receita fiscal», defendeu citado pela Lusa o coordenador político
do BE, Francisco Louçã, em declarações aos jornalistas, durante uma iniciativa do partido, em Lisboa.
Sobre as implicações
financeiras da proposta na actual conjuntura de contenção orçamental, Francisco Louçã considerou que «só a distribuição de
dividendos da PT, 1500 milhões de euros, pagava o que nós precisamos de fazer em três anos, e dar milhares de postos de trabalho
a pessoas que precisam mesmo».
A proposta do BE prevê a reavaliação das matrizes urbanas e uma penalização fiscal
de 5%, um «imposto punitivo», caso os proprietários rejeitem o programa de requalificação e prefiram manter as casas degradadas
e devolutas.
Recorde-se que Francisco Louçã e a deputada bloquista Rita Calvário estiveram esta segunda-feira na
Rua da Alegria, em Lisboa, onde alguns militantes pintaram o símbolo do partido na fachada de um prédio devoluto, propriedade
de um particular, e colocaram uma faixa com a frase «aqui podia viver gente».
«Aqui podia viver gente» é a designação
de uma campanha nacional lançada pelo Bloco de Esquerda durante o fim-de-semana, visando defender a recuperação de casas devolutas
para dinamizar o mercado de arrendamento nas cidades e criar alternativas à compra de habitação.
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