Se tem um crédito à habitação, saiba que, nalguns casos, compensa amortizar a dívida antes de tempo. Nem sempre é assim,
mas para saber se, no seu caso, essa é uma boa opção, a Deco fez as contas.
A revista «Dinheiro & Direitos» de Setembro/Outubro
analisou as comissões cobradas pelos bancos quando o contrato de crédito à habitação termina e concluiu que, regra geral,
vale a pena levar o contrato até à última prestação.
«Alguns bancos isentam os clientes de todas as despesas. Mas
a Caixa Galicia, a Caixa Geral de Depósitos, o Banco Popular, o Deutsche Bank, o Crédito Agrícola, o Finibanco e o Montepio
cobram entre 78 e 208 euros pelo distrate de hipoteca e imposto de selo, se o cliente respeitar o prazo do contrato. Nestes
casos, compensa terminar o contrato um ou dois meses antes da data final e poupar até 200 euros», refere.
Por exemplo,
se faltar apenas uma prestação de 350 euros para liquidar o crédito (com taxa variável) e o cliente resolver antecipar a amortização
um mês, o banco só pode cobrar até 1,75 euros (350 euros × 0,5%).
Segundo a Deco, se aquelas instituições insistirem
em cobrar uma «comissão» pelo distrate de hipoteca, devem incluí-la no cálculo da taxa anual efectiva divulgada ao consumidor
no início do contrato. Esta reflecte o custo total do crédito e tem de incluir todas as comissões cobradas durante o empréstimo.
A
associação de consumidores acusa ainda o Crédito Agrícola e o Deutsche Bank de «não cumprirem a lei que limita os custos por
reembolso antecipado do crédito à habitação. Estes bancos adicionam comissões à penalização legal de 0,5 ou 2%».
A
Deco já alertou o Banco de Portugal e a Secretaria de Estado para a Defesa do Consumidor dos resultados. Na carta, exige mais
fiscalização para o sector.
Deutsche Bank nega acusação e responde à Deco
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