As rendas dos escritórios mais caros em Lisboa caíram 7,3% no segundo trimestre deste ano face ao mesmo período do ano
passado, segundo um estudo da empresa de serviços especializados em imobiliário Jones Lang LaSalle, divulgado esta terça-feira.
«As
rendas mantiveram-se estáveis no trimestre face ao trimestre anterior, nos 228 euros por metro quadrado por ano, valor que,
em termos homólogos, apresenta um decréscimo de 7,3 por cento», afirma a Jones Lang LaSalle, num comunicado citado pela agência
Lusa.
Segundo este estudo, as chamadas rendas prime estabilizaram na maioria dos mercados no segundo trimestre.
Mas nem em todo o lado. West End londrino, Paris, City de Londres e Dusseldorf registaram as maiores subidas nas rendas, com
acréscimos de 13,3%, 7,1%, 5,3% e 2,3%, respectivamente.
Já Dublin (-5,3%), Frankfurt (-2,9%), Madrid (-2,6%), Barcelona
(-2,4%) e Hamburgo (-2,2%) registaram uma quebra.
Ainda assim, «enquanto as medidas de austeridade e as preocupações
em torno das dívidas soberanas nas economias europeias deram azo a uma nova vaga de incerteza económica e volatilidade nos
mercados financeiros, os sinais positivos cresceram nos mercados de escritórios no segundo trimestre de 2010».
Neste
período, a absorção de escritórios na Europa aumentou cerca de 6% face ao trimestre anterior e 34% em relação ao mesmo período
de 2009. Em termos semestrais, o crescimento foi de 38%.
No que toca aos volumes de investimento imobiliário no
Velho Continente, a escalada foi de 19% entre Abril e Junho, face ao trimestre anterior.
«Dado o elevado número de
projectos que foram adiados durante a crise do crédito, antecipa-se escassez de nova oferta já em 2011 em alguns mercados.
Por outro lado, a oferta de espaços usados deverá crescer mais em alguns mercados durante 2010», afirma Chris Staveley, da
Jones Lang LaSalle, citado no mesmo comunicado.
Neste sentido, «a oferta de espaços prime deverá continuar a descer,
mas a taxa de disponibilidade geral deverá manter-se acima da média até pelo menos 2014».
Apesar dos sinais de recuperação
económica começarem a refletir-se na procura de escritórios, «os volumes de absorção deverão estar ligeiramente abaixo da
média dos últimos cinco anos, que é de 11 milhões de metros quadrados».
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