Apesar de ainda estar muito longe das médias europeias (pior do que Portugal, só está a Espanha, com cerca de 14% dos fogos ocupados por via do arrendamento, segundo dados da Confederação da Construção e do Imobiliário), a verdade é que este segmento começa a surgir com maior relevância na forma de habitação em Portugal.
Vários agentes contactados pelo jornal explicam que o arrendamento não é só uma opção de recurso face às dificuldades de financiamento: há até quem diga, como o director-geral da Era Imobiliária em Portugal, Miguel Poisson, que «o aumento do segmento do arrendamento é um bom barómetro da dificuldade no acesso ao crédito para muitas famílias».
Mas também há argumentos, como os do presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário, Manuel Reis Campos, dizendo que se foi tornando na opção principal de algumas famílias, que valorizam ora o receio, face à conjuntura, de assumir compromissos financeiros a longo prazo, ora dão maior valor ao aumento da mobilidade que essa solução lhes permite.
Neste novo paradigma é, aliás, a procura que está a «forçar» os proprietários e promotores imobiliários a encararem esta possibilidade numa conjuntura em que também não conseguem escoar os fogos que têm em carteira.
A oferta de fogos colocados no mercado de arrendamento tem vindo a crescer de forma evidente: em quatro anos, a oferta de fogos para alugar quadruplicou na área metropolitana de Lisboa e passou de 3200 fogos em 2005 para quase 13 mil no final de 2009. No Porto, o volume de fogos aumento 50%, entre o início de 2008 e o final de 2009, e oferta permanece agora estabilizada em torno dos 4500 fogos.
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