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Euribor: prazo mais usado recua mas a 3 meses atinge recorde
Euribor toca máximos 2ª feira
O «Jornal de Negócios» diz que a prestação de um empréstimo à habitação no valor de 100 mil euros, com um «spread» de 0,7%, a 30 anos e associado à Euribor a três meses vai ter uma subida mensal de 1,14 euros face à última revisão. Ou seja, corresponde ao primeiro aumento da prestação, para as famílias que tenham um contrato de crédito com estas condições, desde o valor que entrou em vigor em Outubro de 2008 [que teve por base a média mensal da Euribor em Agosto].
Já as famílias que têm um empréstimo associado à Euribor a seis meses vão sentir, por seu turno, uma redução da prestação, mas agora numa dimensão muito inferior à anterior (0,54 euros num empréstimo de 100 mil euros).
Apesar de se assistir a uma mudança de ciclo no que respeita às taxas de juro, os valores referentes ao mês de Maio estão ainda muito abaixo do que os portugueses pagavam há um ano.
«Spreads» já ultrapassam 4%
O jornal «Diário de Notícias» avança que a actual média da Euribor a 3 meses está 46,6% abaixo do mesmo valor em Maio de 2009 enquanto que o prazo de seis meses está agora 33,6% mais baixo que há um ano.
De acordo com as contas feitas pela Agência Financeira nos últimos meses, todos os bancos subiram os «spreads» cobrados aos clientes de crédito à habitação. Actualmente, nenhum dos grandes bancos cobra menos de 1% e, nalguns casos, o valor máximo está bem acima dos 4%. Em termos médios, os cinco maiores bancos portugueses estão a cobrar, de spread mínimo, 1,3%.
Já os spreads máximos cobrados no crédito à habitação são bem mais elevados e atingem valores que oscilam entre os 2,45% do Santander Totta e os 4,4% do BES.
O que explica a subida das taxas?
Apesar de não se prever alterações à taxa de juro de referência para a Zona Euro
este ano, as taxas Euribor podem subir, essencialmente, por duas razões: começam a antecipar o movimento de subida das taxas
de juro na Zona Euro - algo que se espera que aconteça só em 2011 - e depois porque é cada vez mais evidente uma crise de
dívida.
Já se sabe que a deterioração do «rating» de Portugal e das suas notações de crédito faz com que os bancos
fiquem com dificuldades em se financiarem junto de outras instituições bancárias e isso faz disparar os juros cobrados às
entidades portuguesas.
Ora, se o dinheiro está mais caro para a banca, fica também mais caro para as famílias que recorrem ao crédito bancário.
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