No final do passado mês de Janeiro o sector acumulava 75 mil desempregados, reflexo da recessão atravessada pela construção nacional.
De acordo com o relatório da Fepicop, só em Janeiro deste ano inscreveram-se nos centros de emprego mais 5.992 trabalhadores do sector, o que «dá bem conta da situação muito grave que se vive neste sector de actividade».
Mas os sinais da crise não se ficam por aqui. Nos dois primeiros meses deste ano, a produção registada nas obras públicas, o único segmento que, até há pouco tempo, revelava algum dinamismo, caiu 12% face ao homólogo. No mesmo período, as quedas registadas na habitação e edifícios não residenciais foram de 21 e 4,2%, respectivamente.
«O ano de 2010 iniciou-se com reduções em todos os segmentos da construção, as quais explicam o aumento contínuo do número de desempregados no sector, que apresenta já uma taxa de desemprego de 12%, superior em dois pontos percentuais à média nacional», pode ler-se no relatório.
A carteira de encomendas das empresas também registou uma descida de 11,3 %, o que está a deixar os empresários «bastante apreensivos face ao futuro» e mais pessimistas do que os seus congéneres europeus. O indicador de confiança da construção nacional está nos menos 54,7% face aos 33,1% negativos da União Europeia a 27.
A pressionar o sentimento dos construtores está também a perspectiva de retracção do investimento público, anunciada no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).
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