Secretária de Estado do Turismo afirmou hoje que o Dubai é a nova aposta do turismo português.

O Dubai é a nova aposta da promoção do turismo português, na sequência do arranque, a 9 de Julho, da nova rota diária da companhia de aviação dos Emirados Árabes Unidos, a Emirates, disse hoje a secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles.

Durante a apresentação do anuário "O turismo em 2012", a governante destacou este destino como um importante mercado emissor de turistas, mas também fonte de negócios para Portugal. Para esse efeito, a secretária de Estado e uma comitiva de empresários do sector do turismo estarão no Dubai por altura do lançamento da operação diária entre Lisboa e o Dubai. "Essa é uma forma de potenciar o nosso turismo, mas também uma oportunidade de novos investimentos. Sem linha aérea não é possível fazê-lo", disse.

Os números, já tornados públicos, apontam para uma rota que poderá gerar, por ano, 150 mil passageiros entre o Dubai e a capital portuguesa.

Neste ano de austeridade e de impacto negativo da imagem de Portugal nos principais mercados emissores de turistas, como o Reino Unido, Alemanha, França, Brasil e Espanha, a promoção turística nos mercados externos é fundamental para os agentes do sector do turismo. Nesse sentido, a estratégia promocional deverá ser sustentada na "criatividade, inovação e integração das várias regiões de turismo nacionais", disse hoje o novo presidente da Confederação do Turismo Português, Francisco Calheiros. "E os privados devem dar o contributo na definição dos critérios e modelo da promoção turística", adiantou Francisco Calheiros.

"A adaptação à instabilidade permanente em que se vive em grande parte dos países" é outra das condições essenciais a ter em conta pelos decisores portugueses, avisou a secretária geral da Associação de Hotelaria Portuguesa, Cristina Siza Vieira. "É preciso reflectir se os veículos de promoção seguidos são os mais adequados", interrogou-se, ainda. "Portanto, torna-se determinante a forma como nos promovemos lá fora", disse Cristina Siza Vieira, que deixou duas propostas de reflexão: "É fundamental preservar e valorizar o espaço público e, na promoção turística, devemos ser mais autênticos e a mensagem deve ser clara para quem nos vê e ouve", frisou.

No campo da fiscalidade, o presidente da associação de restauração (ARESP), José Manuel Esteves, aproveitou a presença de Cecília Meireles para focar o impacto do agravamento do IVA na restauração (de 13 para 23%) que provocou a perda de mais "16 mil postos de trabalho no primeiro trimestre do ano", a somar aos "43 mil do ano anterior".