Construção do projecto, de 250 milhões de euros, deverá arrancar em 2014.
Os donos do Pine Cliffs, no Algarve, compraram, em 2001, uma propriedade de 381 hectares, em Loulé, a que intitularam Vale do Freixo, e apenas há três semanas receberam o aval para ser integrado no primeiro Núcleo de Desenvolvimento Económico, do tipo 3. "Demorou dez anos para o empreendimento ser aprovado", reconhece o director geral da United Investments Portugal (UIP), Carlos Leal, ao Diário Económico.
Controlada pelos árabes da Investments Finances Advisers (IFA), a UIP prevê que no final de Maio o empreendimento Vale do Freixo venha a obter o regime PIN (Projecto de Potencial Interesse Nacional). O arranque das obras é que não será imediato e apenas ocorrerá no final de 2014, ou mesmo já em 2015.
"O projecto de urbanização demorará mais 18 meses a finalizar. Lá para final de 2014, ou mesmo em 2015, devemos estar em condições de arrancar com as obras, obviamente sujeito a licenciamento", confere ainda Carlos Leal.
O empreendimento prevê um investimento entre 200 e 250 milhões de euros na construção de 1.800 a 2.000 camas turísticas, distribuídas por um ‘boutique´ hotel e projectos turísticos e imobiliários, entre vivendas e apartamentos. "O NDE, de tipo 3, classificado como projecto de interesse nacional, não necessita de recorrer aos concursos das câmaras e por isso facilita o processo de licenciamento", diz ainda Carlos Leal, responsável pelas operações ibéricas e na América do Sul do grupo com sede no Kuwait.
Pine Cliffs Premier Club
O empreendimento de luxo algarvio, Pine Cliffs, iniciou a comercialização das primeiras quatro casas geminadas, de um total de doze, cuja propriedade será partilhada por 13 diferentes donos. Denominado Pine Cliffs Premier Club, o produto imobiliário permite o usufruto de quatro semanas por ano, com preços de compra entre 135 (três assoalhadas) e 189 mil euros (quatro assoalhadas). A anuidade é de 3.800 euros, para fazer face a despesas de serviços e ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).
"A diferença para os tradicionais clubes de férias ou o ‘time-sharing´, é que o Pine Cliffs Premier Club permite ter a propriedade plena da habitação", diz o director geral da UIP, Carlos Leal.
Outra das diferenças deste produto reside no prazo da propriedade, limitado a 26 anos. "Este direito à propriedade permite que posso vender a minha fracção a qualquer momento, posso deixar por testamento e, mais importante, tenho um retorno sobre o investimento. Quero acreditar que, daqui a 26 anos, a propriedade vendida irá valorizar-se em relação ao valor actual de compra. Por isso, há também esse potencial de retorno do investimento", frisa Carlos Leal.
É por estes atributos, que o gestor prevê concluir a comercialização deste produto até ao final do ano, com o seguinte argumento: "É um produto que se encaixa no actual momento de crise económica".
Criado em 1983, o Pine Cliffs Resort ficou concluído apenas em 1992, após o desenvolvimento faseado do empreendimento. Os 72 hectares da propriedade costeira contam com um total de 579 unidades de alojamento, distribuídas por vários tipos de alojamento, como apartamentos, moradias, ‘villas´, moradias em banda e apartamentos turísticos.
O hotel Sheraton está a ser alvo de ampliação, cujo projecto envolve a construção de 78 apartamentos, com tipologias entre T0 e T3. Iniciado em Novembro do ano passado, o investimento envolve 50 milhões de euros. Outros 18 milhões serão aplicados em 56 novos apartamentos, com tipologias entre o T1 e o T3.
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