Comércio de rua: procura cai para metade, rendas aumentam
A procura de espaços para pequenos negócios desceu 50 por cento desde maio do ano passado, mas as rendas, em especial docomércio de rua, continuam a aumentar.
«A procura de lojas e escritórios no último ano, desde maio, diminuiu 50%mesmo em Lisboa e no Porto», disse o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal(APEMIP), Luís Lima, para quem a crise no mercado imobiliário afeta, sobretudo, escritórios e lojas, enquanto no caso doarrendamento de casas para habitação há maior procura do que oferta «devido às dificuldades de acesso ao crédito» para comprar.
Casoscomo a Avenida da Liberdade, em Lisboa, são a exceção, porque se trata de nichos específicos, ressalvou o responsável citadopela Lusa, referindo-se às lojas de luxo que ali se instalaram.
«Nas periferias das cidades há zonas completamentefechadas», adiantou, dando como exemplo a Maia e Matosinhos, junto ao Porto.
Ao mesmo tempo, as rendas sobem. Deacordo com dados da Jones Lang LaSalle sobre o mercado de retalho, o preço médio mensal por cada metro quadrado no comérciode rua de Lisboa era no ano passado de 85 euros. No primeiro trimestre deste ano, o valor médio era de 90 euros.
Tratam-sede lojas, na sua maioria, que têm em média 100 metros quadrados.
Já nos centros comerciais, onde as lojas têm emmédia 200 metros quadrados, o valor médio por metro quadrado manteve-se nos 90 euros, ao passo que nos «retail parks» atédesceu: as lojas têm um tamanho de, aproximadamente, 1.000 metros quadrados, o valor médio por metro quadrado este ano é de8,50 euros, enquanto no ano passado foi de nove euros.
Fonte: Agência Financeira