A procura anual de habitações para arrendamento oscila entre 60 e 70 mil casas, estima a ministra Assunção Cristas, citadapelo «Diário Económico». Já o número de casas devolutas é dez vezes superior (700 mil), segundo as estimativas do novo presidentedo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), Vítor Reis.

A responsável pelas pastas da Agricultura,do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território reconhece que «só criando confiança e segurança jurídica é que os fogos[devolutos] serão colocados no mercado».

Para ultrapassar este problema, a Assembleia da República está a analisara alteração da legislação do arrendamento urbano, aprovada pelo Governo no final do ano passado, bem como da reabilitaçãourbana.

Entre as alterações, há a ambição de «garantir que os contratos são estáveis e que a duração seja flexibilizada»,defende Assunção Cristas. Sem avançar pormenores da versão final dos documentos, cuja aprovação deverá ocorrer em Maio, AssunçãoCristas diz ainda que «será dinamizada a demolição de edifícios, com o objetivo da regeneração das cidades».

Parareabilitar entre 60 mil e 70 mil fogos devolutos por ano, e devolvê-los ao mercado de arrendamento, a Confederação EmpresarialPortuguesa (CIP) estima um investimento nunca inferior a 900 milhões de euros.

Fonte: Agência Financeira