Imobiliário: Lisboa no penúltimo lugar do ranking europeu
Lisboa ficou no penúltimo lugar do ranking de recuperação do setor imobiliário de 2012 de 27 cidades europeias da PricewaterhouseCoopers(PwC) e do Urban Land Institute, caindo do 23º lugar em 2011 para 26º este ano.
Com apenas seis por cento dos entrevistados(especialistas da indústria) a melhorar as expetativas de recuperação do mercado imobiliário nacional, o relatório EmergingTrends in Real Estate Europe 2012 coloca Portugal entre os países mais pessimistas da Europa, juntamente com a Françae a Republica Checa.
A consultora assume «sem surpresa» aquela reduzida percentagem, interpretando tratar-se de «umacontinuação da depressão» de 2011, ano em que se registaram «apenas» 75 milhões de euros de vendas no imobiliário, o número«mais baixo» de uma década.
«Não são boas as expectativas para essas indústrias associadas ao consumo no mercadointerno. As empresas com uma presença diversificada no mercado internacional vão estar melhor», lê-se no estudo, hoje divulgado.
Noque diz respeito às perspetivas de investimento imobiliário, Lisboa ocupa este ano a 25ª posição em relação a propriedadesem carteira (em 2011 estava em 24º e em 2010 no 17º) e o 26º lugar no que diz respeito às novas aquisições (2011 em 25º eem 2010 em 21º).
Em Portugal, quase 90 por cento dos inquiridos acredita no crescimento das «vendas forçadas» peloscredores, refletindo a preocupação dos inquiridos de que grande parte do ano de 2012 se centre no processamento da «ressaca»da crise do crédito.
As cidades com melhor posição no ranking são aquelas cujas perspetivas económicas foram consideradasboas ou estáveis, classificando-se Istambul como o melhor mercado, mas esta posição é considerada mais um reflexo do futuroeconómico do país a longo prazo do que um sinal de que os investidores estão prestes a correr para investir naquele mercado.
A falta de saúde financeira das cidades de Itália, Espanha, Portugal e Grécia, colocadas no fim do ranking, refletemas preocupações económicas dos entrevistados, mas a PwC ressalva que isso não significa que o capital evitará totalmente estesmercados.
Fonte: Agência Financeira