Crédito habitação: novas regras só para setembro
As novas regras no crédito à habitação podem demorar a surgir. O PSD e o CDS-PP, que integram o grupo de trabalho dedicadoà elaboração da nova legislação sobre o crédito à habitação, entendem que não têm condições para ultimar uma proposta antesdo fecho dos trabalhos no Parlamento para férias.
Assim, irão propor à Comissão de Orçamento e Finanças, na quarta-feira,que as diligências do grupo de trabalho se estendam para setembro, uma decisão criticada pelos partidos da oposição.
«Queremosavançar rapidamente, mas com segurança e conforto. Faltam-nos uns pareceres pedidos à Associação Portuguesa de Bancos (APB)que são importantes para que se encontrem soluções equilibradas entre os consumidores e a banca», explicou à agência LusaJoão Paulo Oliveira, deputado do PSD, no final dos trabalhos de terça-feira, dia em que foram ouvidos os representantes daassociação de utilizadores de serviços financeiros (Sefin).
Apontando que há uma «necessidade absoluta de encontrarsoluções equilibradas entre os consumidores e a banca», o responsável sublinhou que «não se pode resolver o problema das famíliase criar um problema para os bancos».
Também o CDS-PP, pela voz do deputado Adolfo Mesquita Nunes, considerou quea complexidade da matéria em análise justifica o prolongamento da missão do grupo de trabalho para além de 25 de julho, dataem que começam as férias parlamentares.
Da parte do PS, Duarte Cordeiro realçou que o ideal seria que os deputadosque compõem o grupo de trabalho começassem desde já a afinar as novas regras, começando por fechar os pontos que geram maisconsenso entre os partidos.
Já pelo PCP, o deputado Bernardino Soares apontou para «a expectativa pública muito grande»e para «as famílias em dificuldades» para considerar que devia haver um forcing final de forma a conseguir levar aspropostas sobre as novas regras à discussão no plenário, na última sessão, a 25 de julho.
Uma posição partilhadapelo deputado do BE, Pedro Filipe Soares, que frisou a «disponibilidade total para trabalhar de forma a chegar a uma propostaconsensual que as famílias tanto anseiam».
Fonte: Agência Financeira