A entrega da
primeira casa a uma família de Alpiarça marcou esta sexta-feira o início formal do mercadosocial de arrendamento. Um processo que o Governo entende como «infindável» e que vai «colocar pressão» no valor das rendasdo mercado livre.
A «primeira de muitas» casas, entregue hoje numa cerimónia no âmbito desta medida governamental,é um apartamento de três assoalhadas (T2), com uma renda de 210 euros por mês e vai ajudar a «impulsionar uma auto regulação»no mercado de arrendamento, como fez notar o secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social.
Marco AntónioCosta disse ainda que cerca de 800 imóveis já estão no fundo imobiliário de arrendamento e que 465 candidaturas estão validadaspara assunção de contrato.
«Perspetivamos poder entregar 20 casas até ao final de agosto, e o dia de hoje assinalaum primeiro passo de um processo que será infindável», notou, segundo a Lusa.
E destacou dois dos objetivos da iniciativa:«Colocar no mercado de arrendamento imóveis que estavam fechados, e dinamizar o mercado de arrendamento onde este ainda nãotenha grande dinâmica, configurando-se como motivo de atratividade e de fixação de pessoas».
O governante acreditaque «o próprio setor financeiro, vendo o sucesso que este programa está a ter, vai colocar mais imóveis no programa». MarcoAntónio Costa observou que há muitos municípios que só agora estão a aderir à iniciativa e se vão juntar aos 60 municípiosque já formalizaram a sua adesão.
A medida está inserida no Programa de Emergência Social (PES), apresentado há umano, e o projeto junta os principais bancos privados portugueses, nomeadamente o Banco Espírito Santo, o Banif, o Banco Popular,o Santander Totta, o Montepio Geral, o Millennium BCP, assim como a Caixa Geral de Depósitos, associados ao Instituto de GestãoFinanceira da Segurança Social e ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).
O secretário de Estadosublinhou ainda que o objetivo é que, no espaço de um ano, se consiga atingir a meta dos dois mil fogos, e destacou que estaé uma «experiência única em Portugal», já que «vai permitir a criação de um mercado intermédio entre aquele que é o mercadolivre de arrendamento e o mercado de arrendamento social».
Os imóveis em causa saem das mãos das instituições financeirase são colocados no mercado de arrendamento com rendas cerca de 30% inferiores aos valores médios do mercado.
Fonte: Agência Financeira