Muitas famílias portuguesas estão dispostas a sair das casas onde vivem e ir viver com familiares por algumas semanas,para as poderem arrendar durante as férias e assim ganharem algum dinheiro. O negócio pode render-lhes cerca de 10 mil eurosem pouco mais de três meses, avançou a responsável da Homelidays para o mercado português, Sofia Dias, à
Agência Financeira.
Noportal desta empresa sucedem-se os anúncios de casas para arrendar para férias. Este ano, há mais 23% de anúncios que no anopassado. Ou seja, mais 23% de imóveis disponíveis. Uma tendência que é quase caso único na Europa. Quase. Na Grécia, a Homelidaysregistou um aumento de 25%. A tendência é fácil de ler.
«A crise está a afetar estes dois países de uma forma maisséria e as pessoas estão a tentar rentabilizar os imóveis que têm, porque precisam do dinheiro», explica Sofia Dias. «Há unsanos, muitas pessoas não arrendavam as casas porque tinham medo que estragassem alguma coisa, mas agora a prioridade é obteralgum dinheiro».
E não estamos a falar de trocos. Os valores variam obviamente consoante a tipologia e a localizaçãodas casas, mas o valor médio dos arrendamentos no Homelidays é de 700 euros por semana. «Muitos proprietários baixaram umpouco o preço, tentaram adaptar-se às circunstâncias», explica. Contas feitas, pelos três meses do verão, é possível ganhar8.400 euros.
Se a ideia lhe agrada mas tem medo, há alguns mecanismos que podem tranquilizar-lhe o espírito: tudoé feito através de um contrato de arrendamento. Cerca de 30% do montante é pago na hora da reserva, por transferência bancária,e o restante diretamente ao proprietário, na altura das férias. Por precaução, pode exigir uma caução (na Homelidays os valorescostumam começar nos 200 a 300 euros, mas são normalmente superiores, dependendo do tipo de imóvel) para o caso de algo seestragar.
Para além disso, na hora do acordo, a Homelidays disponibiliza a possibilidade de realizar um seguro, deforma a cobrir o maior número de eventualidades.
Outro sinal visível da crise é que os portugueses
procuram férias baratas. Na hora de escolher, nada é deixado ao acaso. Locais onde o custode vida é mais baixo, onde não é preciso pagar portagens e que permitam poupar combustível são os preferidos. Quem vai parafora, prefere destinos com ligações
low-cost.
Um dos comportamentos que saltam à vista no site da Homelidaysé que muitos portugueses preferem arrendar casa nas férias a marcar um quarto de hotel.
Fonte: Agência Financeira